04/09/2021
A décima segunda edição do Encontro dos Economistas do Centro-Oeste (Eneoeste) ocorreu nos dias 31 de agosto e 1, 2 e 3 de setembro, pela primeira vez, no formato virtual. O Corecon Mato Grosso participou dos debates que giraram em torno da “Agropecuária brasileira e a alimentação sustentável mundial”.
As palestras do terceiro dia de evento foram mediadas pelo presidente do Corecon-MT, o economista Evaldo Silva. Na abertura das discussões, o presidente citou a importância de colocar o Centro-Oeste em evidência nos debates em torno dos cenários macroeconômicos, em especial, na produção de alimentos. “O Eneoeste ficou cinco anos sem ter nenhuma edição. Um evento como esse é muito relevante, porque amplia a visão sobre questões atuais e impacta também na tomada de decisões futuras, seja por gestores públicos ou na iniciativa privada. Para os acadêmicos de economia, serve como uma ferramenta a mais na construção do conhecimento”, disse Evaldo.
O palestrante convidado pelo Corecon-MT, foi com o superintendente do IMEA (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), Daniel Latorraca, que falou sobre o agronegócio no Centro-Oeste e o cenário nos próximos anos.
Daniel fez uma importante apresentação sobre dados levantados através da Aliança Agroeconômica do Centro-Oeste. “Essas informações trazem especificidades sobre a produção agropecuária da região e serve como subsídio para o setor público e privado no que diz respeito também a potenciais de investimentos e análises”, disse. Além do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), integram essa aliança, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG) e ainda a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
“Temos dados primários das três regiões que compõem a aliança. O agronegócio precisa desses dados de produção, estimativas sobre o que é produzido aqui e dados de mercado. Temos um cenário muito promissor pela frente. Uma característica muito importante para o nosso agronegócio e que aumenta nossa produtividade, é o uso inteligente e contínuo de novas tecnologias”, explicou o superintendente do IMEA.
“O produtor de Mato Grosso utiliza duas vezes a mesma área durante o ano em produções diferentes, o que amplia o potencial do nosso agronegócio. Com o avanço de tecnologias, uso inteligente da terra e se atentando para a questão da sustentabilidade, o cenário é promissor. Exemplo disso é a questão da produção de etanol com o milho como matéria-prima”, explicou Daniel.
A palestra ainda trouxe diversos dados e análises que reafirmam a região Centro-Oeste como grande produtora e com potencial de crescimento a ser explorado nos próximos anos, incluindo a questão logística de transporte da produção para outras regiões do Brasil e nas exportações.
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, havia confirmado presença para ministrar a palestra abordando o tema “Como investir 15% da receita em investimento no Estado”, porém, em função de uma agenda de última hora, não pôde participar. “Na edição anterior do Eneoeste, sediada em Mato Grosso, tivemos o nosso governador fazendo a palestra de abertura e este ano, mais uma vez ele confirmou participação, mas infelizmente, um compromisso de última hora surgiu. Ele pediu desculpas e parabenizou os Conselhos de Economia pela iniciativa de promover esse tipo de debate”, disse Evaldo Silva.
Fonte: Assessoria/Corecon-MT.