Mulheres assumem protagonismo nas diferentes áreas da economia

07/03/2020

O cenário econômico, do local ao mundial, tem como característica desafios diários. Seja na esfera pública ou privada, o conhecimento técnico dos economistas têm o poder de influenciar a vida de muitas famílias. Durante anos, a missão de “discutir a economia” era somente dos homens, mas isso vem mudando - as mulheres passaram a ocupar posições de destaque e a tomar decisões importantes.
 
 
A economista Kênia Alves Campos destaca o protagonismo das mulheres à frente de grandes instituições, como Christine Lagarde, atual presidente do Banco Central Europeu, e Janet Yellen, que exerceu a presidência no Banco Central Norte-americano. “As mulheres estão conquistando espaços, crescendo nas instituições financeiras, políticas e econômicas, estão fazendo a diferença, dia após dia”, afirma.
 
 
Kênia é economista há sete anos, especialista em gestão pública. Na maior parte do tempo, trabalhou na assessoria econômica da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), com pesquisas, análise de dados e acesso a crédito. Hoje, é conselheira no Conselho Regional de Economia do Estado de Mato Grosso (Corecon-MT). 
 
 
“A participação da mulher é necessária. Ela tem um lado detalhista, flexível e altruísta. Isso possibilita um olhar diferenciado sobre a macro e microeconomia, contribuindo assim para que a sociedade alcance o bem estar local, nacional e, porque não dizer, mundial”, destaca a economista.
 
 
Hoje, 411 mulheres economistas atuam em Mato Grosso. O Corecon-MT conta com cinco conselheiras. “É uma honra vê-las assumindo seus papeis, demonstrando competência e engajamento. Eu sempre incentivei a participação das mulheres no Conselho e defendo que este trabalho seja ampliado. As iniciativas das mulheres, em todas as ações do Corecon-MT, trazem inúmeros resultados positivos” , avalia o presidente Evaldo Silva. 
 
 
O presidente destacou ainda que as mulheres já  possuem um “talento nato” para economista, o que se evidencia desde as decisões primárias, como o controle do orçamento doméstico. “Elas sabem administrar as contas com equilíbrio e responsabilidade. Elas são dedicadas e competentes em tudo o que fazem e por isso alcançam os mais elevados postos de trabalho. Merecem o nosso respeito e admiração, e acredito que vão se destacar ainda mais nos próximos anos, em todos os segmentos da sociedade”, diz.
 
 
O empenho, atitude e a responsabilidade social também já são características da futura geração de mulheres economistas. A estudante do 8º. Semestre do curso de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Laís Caroline de Souza Ferreira, considera que a representatividade da mulher na Economia já avançou bastante, mas ainda há muito a ser feito. 
 
 
“Os livros e artigos científicos relacionados à economia que eu li na universidade, foram, na maioria, escritos por homens. As mulheres precisam assumir outros papeis, devem ocupar todos os espaços, agir na área da pesquisa, na área pública e privada. Nós, mulheres, temos força e capacidade de entrar na economia em todos os aspectos. Só depende de nós”, diz Laís Ferreira, estagiária do Corecon-MT e presidente do Centro Acadêmico de Economia, da UFMT.

Fonte: Assessoria Corecon-MT