02/06/2020
O mundo vive um período de grandes desafios, num cenário de instabilidade na saúde pública e na área econômica. Desde o início da pandemia do novo Coronavírus, muitos brasileiros foram vítimas da Covid 19 e não resistiram à ação do inimigo invisível. A quantidade de mortes, sem dúvidas, é a perda mais significativa nesse momento no país.
Mas, além do impacto social, é preciso analisar os reflexos do novo Coronavírus também na área econômica. Nos últimos meses, muitas pessoas perderam o emprego, empresários e comerciantes ainda sofrem o impacto na redução do faturamento dos seus negócios e, como consequência, o setor público também registrou queda na arrecadação. O momento exige resiliência – capacidade de lidar com o problema, se adaptar às mudanças e superar obstáculos. Não, não é fácil, mas é possível.
Desde o surgimento dos primeiros casos, a rotina de muita gente mudou. As famílias começaram a discutir assuntos antigos, de um jeito novo: cortes de despesa, possibilidades de complementação de renda ou recolocação no mercado de trabalho, e necessidade de uma reserva financeira.
Na tentativa de amenizar os efeitos da crise, algumas instituições financeiras autorizaram o congelamento de prestações a quem necessita de um “fôlego” nesse período; autoridades públicas anunciaram também auxílios emergenciais para socorrer famílias de baixa renda e criaram meios pra amparar também os empresários.
A boa notícia é que, apesar desta pandemia e as dificuldades no comércio e indústrias, o agronegócio vai bem. O Ipea estima crescimento de 2,5% para o Produto Interno Bruto do setor agropecuário brasileiro. Vale lembrar que Mato Grosso é referência na exportação de grãos e tem grande representatividade na economia do país.
É fato que, apesar de todas as ações para combater os efeitos da crise, a recuperação da economia não se dará da noite para o dia. A luta contra a Covid 19 também deve continuar, até que seja disponibilizada uma vacina (ainda em fase de testes). Qual o nosso papel nesse momento então? Precisamos unir forças e nos reinventar. O mundo não é o mesmo, as empresas não estão como antes, as nossas famílias já não pensam da mesma forma, e o cliente também mudou.
Esta é uma fase de adaptação para todos nós. É hora de reconhecer este novo cenário, pensando a curto, médio e longo prazo. A pós-pandemia já se mostrou um fator para o surgimento de novos modelos de negócios e principalmente, hábitos econômicos familiares diferentes, mais conscientes daqui pra frente. Que tenhamos calma e a certeza de que a tempestade vai passar!
Evaldo Silva - presidente do CORECON-MT e Diretor Executivo da BAND MATO GROSSO